terça-feira, 16 de junho de 2015

Novos estúdios e laboratórios Anhanguera

Novas instalações acadêmicas beneficiam alunos de ensino superior

   Desde o início desse ano a faculdade Anhanguera, em específico à unidade do Centro de Niterói, passou a contar com novos estúdios e laboratórios para diversos cursos. Uma grande quantidade de turmas foi movida para as novas instalações a algumas quadras da unidade principal. Nesse novo prédio os alunos passam a ter em suas grades disciplinares aulas teóricas e práticas, como pode ser observado com os estudantes dos cursos de comunicação social e engenharia civil, cujos estúdios e locais para aulas práticas vêm atendendo as expectativas e as necessidades.

Alunos utilizam o estúdio de TV
   Devido a quantidade de estúdios disponibilizados, os alunos de comunicação social, cuja área engloba jornalismo e publicidade, obtiveram um andar inteiro com estúdios de TV, radialismo, fotografia e dois laboratórios para edição de material. Os locais são utilizados diariamente pelos estudantes de jornalismo dos diversos períodos do curso. Trabalhos fotográficos de cunho artístico ou profissional podem ser desempenhados nas instalações, assim como a gravação de entrevistas e debates.

Alunos no estúdio de Rádio
   Quando questionada sobre o aproveitamento e suporte dados pelos novos locais de estudo, a aluna de jornalismo, Amanda Abreu, afirma um bom aproveitamento de suas disciplinas:

   “Desde que fomos transferidos para o novo prédio, tivemos acesso e um aproveitamento maior. Agora conseguimos ter uma noção muito maior desses âmbitos da nossa área.”

   O prédio da unidade acadêmica ainda possui detalhes devem ser retocados e melhorados, mas desde o começo parece conceder aos alunos e professores experiências produtivas para o aprendizado e aproveitamento profissional.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Usina Hidrelétrica de Itaparica

A Usina Hidrelétrica de Itaparica, surgiu de um programa de desenvolvimento do governo brasileiro para a região Nordeste, em meados dos anos 70. Era um suporte para viabilizar o crescimento da região, que sofria demais com as secas, prolongadas e muito rígidas, ao longo de todo o ano, como muitos de nós sabemos, e devido a esses fatores naturais atrasava de forma significativa, o desenvolvimento no campo, como a agricultura.

O local escolhido para a construção dessa nova usina, foi na cachoeira de Itaparica, no rio São Francisco, principal rio da região nordestina, com área de drenagem de 592.479 Km², situada entre duas cidades da região nordeste, porém existia uma outra usina nas proximidades, uma hidrelétrica velha que já não atendia mais as necessidades da região, por conter maquinários ultrapassados, muitos fora de uso, pelo simples fato de serem considerados primitivos para tal operação.


(Foto: Reprodução)

A construção começou em 1979, e demoraram 9 (nove) anos até  o término da mesma (1988). Para que a hidrelétrica fosse construída foram, literalmente, inundadas três cidades e um povoado que viviam nas redondezas, correspondente a sua imensa área de ocupação no terreno. Seu imenso reservatório foi propositalmente construído desta forma para atender toda a demanda que seus investidores prometeram a população, tem cerca de 834km (segundo dados da própria empresa) e se estende da cidade de Petrolândia (uma das cidades afetadas pela inundação da construção das barragens) até Belém do São Francisco, abrangendo outros municípios, como Itacuruba e Rondelas (cidades também extintas conforme todo esse problema).

Com o levantamento da obra da usina, os inundamentos das cidades criaram revoltas entre as comunidades antigas da região por muitos dos habitantes serem “tradicionais” e também pelo fato de terem sido retirados de suas cidades natais, onde construíram suas histórias particulares, de cada família pertencente a região, tendo os mesmos criado manifestações contra os ocorridos. Os moradores, organizados em sindicatos, mobilizaram-se e junto a CHESF (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) e negociaram, desta forma, garantia de melhores condições de vida, sistema de transporte, moradia, saúde, educação, área de produção e outras exigências que, para eles e como para qualquer outro ser humano, seriam importantes numa cidade, para que se tenha uma vida considerável.

CHESF (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) e negociaram, desta forma, garantia de melhores condições de vida, sistema de transporte, moradia, saúde, educação, área de produção e outras exigências que, para eles e como para qualquer outro ser humano, seriam importantes numa cidade, para que se tenha uma vida considerável.

(Foto: Reprodução)

Segundo fontes, a Hidrelétrica nos dias atuais, funciona em Pernambuco e possui capacidade de gerar quase 1,4 milhões kW. Também, de acordo com informações obtidas ao logo da pesquisa em relação a este assunto, o reservatório, em conformidade com a própria companhia fornecedora da energia para o público, é o segundo maior da geradora de energia (CHESF), com quase 11 bilhões de m³.

Entre polemicas e soluções, a Usina de Itaparica (por outro lado conhecida como Hidrelétrica Luiz Gonzaga, em homenagem ao músico e compositor muito conhecido, não somente naquela região, mas também no Brasil todo como “Rei do Baião nordestino”) é classificada como uma das principais fontes de energia do nordeste.

Entre polemicas e soluções, a Usina de Itaparica (por outro lado conhecida como Hidrelétrica Luiz Gonzaga, em homenagem ao músico e compositor muito conhecido, não somente naquela região, mas também no Brasil todo como “Rei do Baião nordestino”) é classificada como uma das principais fontes de energia do nordeste.


Para uma melhor interação sobre o assunto, procuramos um professor de geografia, o Professor Ricardo Almeida, que não quis identificar a instituição de ensino na qual ele trabalha, para uma breve entrevista sobre alguns pontos da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga, a antiga Usina de Itaparica. Ele nos deu uma ideia de como a construção da barragem afetou a região historicamente e sócio-economicamente, além de seus pontos de vistas ambientais.

Entrevista com o Professor Ricardo Almeida.

Considerando a época em que o projeto da Usina Hidrelétrica de Itaparica foi posto em construção. Havia algum tipo de motivação política por trás disso, ou existia mesmo uma necessidade de aumentar a capacidade de geração de energia no país?

- Até tinha algum motivo político, até porque estamos falando do período da ditadura militar e sempre havia algum motivo para eles, mas a necessidade de uma maior produção energética foi realmente o que levou a obra para frente. Muito devido a crise do petróleo da metade pro final dos anos 70, o que gerou uma elevação absurda nos preços, fazendo que não apenas o Brasil, mas outros países se vissem forçados a buscarem novas formas de geração de energia. Fugindo das convencionais da época e causando menos dano ambiental, com o uso de fontes renováveis, no caso do Brasil, a água.

Como era sócio-economicamente a região que foi utilizada para a construção da Usina e como a usina afetou no desenvolvimento das cidades ao entorno daquela região?

- As localidades que tiveram de ser inundadas para se construir a usina, eram pobres, de poucos recursos, além de muito secas e de agricultura muito difícil, como boa parte da região nordeste na década de 70. Querendo ou não, a usina levou progresso aos locais e solucionou o problema da falta de água, já que utilizava e represava a água do Rio São Francisco, fazendo assim o abastecimento de várias cidades. Com a água, veio o desenvolvimento, uma região que antes mal podia plantar e colher, hoje já tem empresas que conseguem aproveitar o potencial daquela área, não apenas para agricultura o que é o principal, mas também para o comércio.

Do ponto de vista social, quais foram as principais conseqüências para a população antes, durante e depois da construção da usina?

- Socialmente não foi muito bonito logo de começo. A ideia de se alagar uma área bem grande como aquela não soou bem para a população de modo geral, principalmente para os habitantes das comunidades que perderiam as suas casas, obviamente, o que ocasionou inúmeros protestos.
Houve um grande êxodo daquela região, uma massa de pessoas tendo de se deslocar pra um local “totalmente” desconhecido. O número de pessoas que saíram de lá eu não vou saber te precisar, mas para ter uma noção, pense num estádio cheio de capacidade de pelo menos umas 50 mil pessoas, com famílias, animais e outras coisas.
Imagine essa gente toda chegando num local estranho e tendo de se alocar onde conseguia, sem boa infraestrutura e terra, o que acaba gerando um processo de “favelização” da localidade.
Porém nem tudo foi ruim. A construção da usina gerou emprego, pessoas de todo o nordeste e norte foram para lá e movimentaram a economia do entorno da obra e posteriormente das cidades que se formaram ao redor. Como eu já disse antes, a usina acabou com o problema de abastecimento da região e ainda aumentou consideravelmente produção de energia, sendo uma das usinas mais importantes do Nordeste, acredito eu.

Para a construção da usina, era necessário inundar uma grande área, quais foram os principais impactos que a obra teve no meio-ambiente e de que forma afetou o espaço geográfico?

- Na construção de qualquer barragem, você vai precisar criar um lago artificial e para cria-lo, você precisa mexer no curso de algum rio, retirando a água de um ponto e levando para outro. Tendo a barragem pronta, toda uma área vai ser inundada, o que vai causar danos ao ecossistema nativo, com a perda de recursos de solo, recursos vegetais, o que acaba gerando também uma mudança nos hábitos dos animais que costumam habitar o local a ser alagado.
No espaço, bem, houve uma mudança drástica na paisagem, o que antes eram terras secas, de poucas casas e plantações, “tornou-se mar” e com uma barreira de mais de 100 metros de altura pra segurar a água.

Atualmente, quanto a Usina Luiz Gonzaga é importante para a geração de energia da região nordeste e para o abastecimento da região?

- Exatamente eu não vou saber o quanto de importância esta usina tem para o Nordeste, mas com já disse, acredito que seja uma das mais importantes, já que existem outras a beira do Rio São Francisco na região. Devido ao crescimento da região nordeste, tanto na economia, quanto na população é provável que hoje ela seja quase que imprescindível devido a demanda hoje existente.